O CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA DE SHOPPINGS CENTERS

O mercado de shoppings centers é atualmente um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira. A maior intensificação desse segmento é um processo relativamente recente,
causado pelo impulso da renda e pelos anos de estabilidade na economia, bem como pela forte entrada de capitais estrangeiros desde 2007. Na realidade a estabilidade interna permitiu
que muitas pessoas subissem de classe social e passassem a comprar. Já no cenário externo, muitos investidores veem a economia brasileira e decidem aplicar seu dinheiro aqui, em forma de shoppings e/ou empreendimentos imobiliários fomentados pelos grandes grupos dos centros de compras.

Com este cenário nos últimos anos e com previsões que indicam que esse ritmo deve se manter no futuro, os shoppings têm investido na modernização de suas instalações, com a ampliação de suas praças de alimentação, incorporação de novas lojas e de novos conceitos, além da explosão de novas unidades. A pauta prioritária é atender os novos anseios do consumidor moderno e ampliar os públicos. Nesta expansão acelerada, os shoppings centers deixaram definitivamente de ser coisa de “cidade grande”. Neste ano, a maior parte dos novos centros comerciais do País serão construídos em municípios de mais de 150 mil habitantes, no interior do país. Segundo a Associação Brasileira dos Shoppings Centers (ABRASCE), dos 26 empreendimentos previstos para 2011, somente 10 serão erguidos em capitais.

Os números de vendas do segmento engradecem ainda mais o setor. Para se ter uma ideia, segundo dados da ABRASCE, as lojas de shoppings veem o faturamento aumentar em ritmo maior que a expansão física do setor. De 2005 a 2010, as vendas cresceram 91%, de R$ 45,5 bi para R$ 87 bi. No período a área bruta locável, espaço comercializável dos shoppings, cresceu 46%. Já o público cresceu 82%, passando de 181 milhões, em 2005, a 329 milhões em 2010.

Paralelo a isso tudo que expomos, precisamos destacar o segmento de franquias, principalmente as marcas tradicionais de alimentação que em razão do crescimento e da abertura de novos empreendimentos, são justamente as que mais ganharam musculatura em 2010. Outros destaques foram o setor de acessórios e calçados seguido pelas de vestuário. A tendência das marcas de franquia ocupar cada vez mais os espaços no mall desses centros já é confirmada por números. Hoje, apenas 30% das lojas em shoppings das regiões sul e sudeste não são franqueados, aponta estimativa da ABF (Associação Brasileira de Franchising).

A mutação do varejo vai exigir cada vez mais as melhores práticas de gestão do setor para que se possa entender o enorme avanço da tecnologia que nos últimos anos está moldando o consumidor e o comportamento varejista em todos os seus sentidos, não esquecendo é claro que as pessoas não querem apenas comprar, mas também desejam se encontrar e passar o tempo agradavelmente. Evoluir e tornar os lugares realmente vibrantes para seu público é um dos grandes desafios dos shoppings nesta década.

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